A história do sabão e sua representação na química

A história de origem do sabão e sua representação na química.



Colégio Estadual Professor Edilson Souto Freire
Sala: 2°DM
professor: Catarina


                                                       Resumo:

Este artigo tem a intenção de mostrar, por meio da química, o processo histórico do sabão, desde o momento em que o homem aprendeu a manusear o fogo.


palavras-chave: Sabão, Química, História, Reações químicas




O aparecimento do sabão se deu em data incerta, já que as informações sobre o fato são tão variáveis que abrangem um período que se estende por quase dois milênios, a partir de 2.500 antes de Cristo. Uma das versões a respeito dessa descoberta diz que cerca de 600 anos antes de Cristo os antigos fenícios ferveram gordura de cabra com água e cinzas de madeira, produzindo dessa forma uma mistura pastosa com a qual limpavam o corpo.
Segundo esse relato, o produto sólido só foi criado no século 7, quando os árabes inventaram o chamado processo de saponificação, que em linhas gerais significa a transformação das substâncias gordas nesse tipo de produto solúvel em água. Mais adiante os espanhóis adicionaram o azeite de oliva para perfumá-lo, mas até então, na Europa, ele só, era conhecido pela nobreza de poucos países.
De acordo com uma antiga lenda romana a palavra saponificação tem sua origem no Monte Sapo, onde realizavam sacrifícios de animais. A chuva levava uma mistura de sebo animal (gordura) derretido, com cinzas e barro para as margens do Rio Tibre. Essa mistura resultava numa borra (sabão).
As mulheres descobriram que usando esta borra, suas roupas ficavam muito mais limpas. A essa mistura os romanos deram o nome de Sabão e à reação de obtenção do sabão de Reação de Saponificação. A primeira patente do processo de fabricação de sabão data de 1791.
Os sabões são feitos pela saponificação de gorduras e óleos. Qualquer reação de um éster com uma base, para produzir um álcool e o sal do ácido, é chamada uma reação de saponificação


Exemplo de reação de saponificação:

CH2OCOC17H35                      CH2OH
│                                             │
CH2OCOC17H35 + 3 NaOH → CH2OH + 3C17H35COONa
│                                             │
CH2OCOC17H35                      CH2OH
glicerídeo                soda         glicerol           sabão
                            cáustica

                                                  Sabão: mistura de um éster com uma base.
                                    Sabão: mistura de um éster com uma base.

A equação abaixo demonstra este processo:

Éster + base forte → sabão + glicerol

Praticamente todos os ésteres são retirados de óleos e gorduras, daí o porquê das donas de casa usarem o óleo comestível para o feitio do sabão caseiro.

Equação genérica da hidrólise alcalina:




A equação acima representa a hidrólise alcalina de um óleo (glicerídeo). Dizemos que é uma hidrólise em razão da presença de água (H2O) e que é alcalina pela presença da base NaOH (soda cáustica). O símbolo ∆ indica que houve aquecimento durante o processo. Produtos da reação de Saponificação: sabão e glicerol (álcool).


Soda Cáustica e Sabão


É comum um sabão ter o pH muito alcalino. Esta circunstância provoca o efeito danoso da abertura da escamas da cutícula formada por queratina. Como termo de comparação, esta propriedade é utilizada nos tingimentos (cores escuras) capilares visto que é necessário que o pigmento penetre na medula do fio. 
soda cáustica ou hidróxido de sódio (NaOH – PM = 40), é um sólido esbranquiçado, deliqüescente, pode se apresentar na forma sólida (em barra, escamas, pérolas, flocos, grânulos, lentilhas, pó, massa fundida, pastilhas ou cilindros brancos secos, duros, quebradiços, de fratura cristalina, inodoros e de sabor ardente) ou na forma líquida em concentração de até 73%.
Apresenta grande solubilidade em água (1:1) e álcool. O pH da solução tem a seguinte equivalência: pH = 11 (solução à 0,01% em água), pH = 12 (solução à 0,05% em água), pH = 13 (solução à 0,5% em água), pH = 14 (solução à 5% em água) (TRIKEM, 2002 & FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1977).
A Soda Cáustica é utilizada na fabricação de celulose, alumínio, sabões e detergentes, fibra sintética rayon, celofane, sais de sódio em geral, corantes e pigmentos, vidros, produtos farmacêuticos, cosméticos, na produção de Hipoclorito de Sódio e de outros produtos para tratamento de água.
Diferenças entre sabão e Detergente  
Parâmetro SabãoDetergente
Matéria primaÓleo e gorduraPetróleo
Comportamento no ambienteBiodegradávelBiodegradável ou não
Solubilidade em águaPouco solúvelMuito solúvel
Capacidade de limpezaFracaAlta
Água duraNão pode ser usadoPode ser usado
AcidezNão pode ser usado em meio ácidoPode ser usado em meio ácido


A partir do século XIII o sabão passou a ser produzido em quantidades suficientes para ser considerado uma indústria.
Até o princípio do século XIX, pensava-se que o sabão fosse uma mistura mecânica de gordura e álcali; um químico francês,Chevreul, mostrou que a formação do sabão era na realidade uma reação química.Nesta época,Domeier completou estas pesquisas, recuperando a glicerina das misturas da saponificação.
Matérias-Primas empregadas na fabricação de sabões:
1) essenciais
2) secundárias
3) coadjuvantes.
Matérias-primas essenciais – São as matérias indispensaveis para obtenção do sabão, sem as quais não ocorreria a saponificação.Estas são as matérias graxas e matérias alcalinas.
Matérias-primas secundárias – São aquelas sem as quais a saponificação pode ocorrer, mas que são adicionadas ao produto a fim de melhorar a sua qualidade ou baixar seu preço de custo.
Sao três espécies: resinas, matérias de recheio, corantes e perfumes.

Matéras-primas coadjuvantes – São as que não entram, propriamente, na composição do sabão, mas são empregadas, tão somente, como veículo ou meio do processo de fabricação.As principais são a água e o cloreto de sódio.
A história do sabão e do sabonete ao longo dos tempos
No ano 600 a.C. os Fenícios usavam terra argilosa contendo calcário ou cinzas de madeira (sabão pastoso).
No séc. I d.C.
 Gaius Plinius Secundus (23 ou 24-79 d.C.), autor da História Natural, menciona a preparação do sabão a partir do cozimento do sebo de carneiro com cinzas de madeira. O procedimento envolve o tratamento repetido da pasta resultante com sal, até ao produto final.

Segundo Plínio, os Fenícios conheciam a técnica desde 600 a.C.
No séc. II d.C.
 , o médico grego Galeno (130-200 d. C) descreve uma técnica segundo a qual o sabão podia ser preparado com gorduras e cinzas, mostrando a sua utilidade para a remoção de sujidade corporal e de tecidos mortos da pele.
No séc. IV,
 o sabão é usado em Roma apenas para lavar os cabelos.
No séc. VIII
 o alquimista árabe Geber menciona o sabão como agente de limpeza.
No séc. XIII 
é criado o sabão sólido, quando os árabes descobrem o processo de saponificação (mistura de óleos naturais, gordura animal e soda cáustica que depois de fervida endurece).
Nos séculos XV e XVI
 várias cidades europeias tornam-se centros produtores de sabão, na época um produto de luxo, usado apenas por pessoas ricas.
No séc. XVIII
 é registada a primeira patente do processo de fabricação de sabão; o químico francês Nicolas Leblanc consegue obter soda caústica a partir do sal de cozinha e, pouco depois, cria-se o processo de saponificação das gorduras, dando um grande avanço na fabricação de sabão.
No séc. XIX
 o químico James Gamble descobre como produzir sabão branco, cremoso e perfumado. O seu primo Harley Procter (dono de uma fábrica de velas e sabão) passa a promover esse sabonete, prevendo que com a eletricidade, o seu negócio de velas poderá acabar. Durante este século surgiu também o Sabonete “Roger & Gallet” o primeiro sabonete redondo, envolto artesanalmente em papel drapeado.

O sabão e o sabonete à lupa


O sabão praticamente neutro, que contém glicerina, óleos, perfumes e corantes, é o sabonete.
O sabão permite remover certos tipos de sujidade que a água, sendo polar, não consegue remover, como restos de óleo, apolares. O sabão exerce um papel importantíssimo na limpeza porque possui uma cadeia apolar, capaz de interagir com o óleo e uma extremidade polar, capaz de interagir com a água, conforme representado na figura abaixo.
História do Sabão
A glicerina é um subproduto da fabricação do sabão, também vendido nas fábricas de sabão. Este sub-produto é adicionado aos cremes de beleza e sabonetes (permite manter a humidade da pele) ou a produtos alimentícios (mantém a humidade do produto).
História do Sabão
Glicerina
Ao tentarmos misturar a gordura/azeite com a água, temos apenas isso mesmo uma tentativa porque o fenómeno não se dá. O azeite e a água não se misturam devido á sua estrutura química, são completamente incompatíveis, assim por mais que tentemos a água e a gordura nunca se irão misturar. É por isso que quando colocamos a gordura dentro de água ela permanece á superfície, formando uma película.

                                       conclusão




                                    Referências






                                         Propaganda 

Acabaram seus problemas para tirar manchas dona de casa.
Chegou o novo sabão da vovó química, feito com produtos reaproveitados, e não tira só mancha das roupas em, tira também de chão, paredes, lava até Madeira.
A melhor parte é q só custa 1,99$ é isso mesmo apenas 1,99$.
O melhor sabão por um preço q cabe no seu bolso.

Link do documentário

https://youtu.be/ZGugICT3Hao

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